Dicionário da Solda

Consulte aqui termos da área e aprenda um pouco mais sobre o universo da soldagem

Os termos utilizados por profissionais da área da soldagem nem sempre são compreendidos por todos os trabalhadores do ramo. Quem está ingressando nesse segmento ou até mesmo quem ocupa uma função mais distante do núcleo produtivo pode ter problemas ao adquirir algum produto ou receber determinada orientação. Para facilitar o entendimento das expressões e das palavras mais comuns dessa área, elaboramos um Dicionário da Solda! De forma simples e direta, os termos mais utilizados nesse meio são detalhados no material abaixo. O dicionário visa, especialmente, trazer ainda mais eficiência para as operações desse segmento. 

CABO OBRA: 
Componente essencial no processo de solda. Sua principal função é realizar a ligação entre o porta-eletrodo e o grampo-terra, além de efetuar a condução dos elétrons. O cabo obra conta com características que o tornam apto para os processos de solda, como a grande flexibilidade e o bom isolamento. Estar com o cabo obra bem fixo é determinante para ter uma boa soldabilidade. Isso evita os famosos “ganchões” que dificultam a passagem dos elétrons e causam aquecimentos nos equipamentos, respingos e falta de penetração. Mantê-lo bem fixo é essencial para uma boa soldabilidade. A qualidade desse item é imprescindível ainda para garantir a segurança dos profissionais do setor. 

ESPECIFICAÇÃO DO PROCESSO DE SOLDAGEM (EPS):
Documento com dados e informações que padronizam o processo de soldagem. Nele constam os valores permitidos de diversas variáveis para serem seguidos pelo soldador ou operador de soldagem durante a fabricação de uma determinada junta soldada. Variáveis importantes de um procedimento de soldagem e que, portanto, podem fazer parte de uma EPS são, por exemplo: Corrente (A), Tensão (V), classe e espessura do metal de base, processo de soldagem, tipos de consumíveis e suas características, projeto da junta, posição de soldagem, temperatura de pré-aquecimento e entre passes, velocidade de soldagem, número de passes e técnica operatória ou tecimento.
  
INDUTÂNCIA EM MÁQUINAS DE SOLDA: 
A indutância nas máquinas de solda proporciona melhores acabamentos e um volume de respingos menor. Mas atenção: a indutância não deve ser alterada continuamente. Trave a indutância no valor 0 e, dependendo do resultado alcançado, vá para a negativa ou a positiva, sempre com muito cuidado, pois a indutância interfere na gota e na penetração. A indutância negativa ou positiva depende da transferência metálica do momento da soldagem. 


GÁS ATIVO: 
O gás ativo é o gás que interage com a poça de fusão, principalmente o Co2 (Dióxido de Carbono) puro ou a mistura de gás inerte com gás ativo. Exemplos: (Argônio = Co2), (Argônio + O2) ou (Argônio + Co2 + O2).

GÁS INERTE: 
São os gases que não são reativos em circunstâncias normais. Eles são muito importantes para as operações de soldagem, especialmente o Argônio e o Hélio. A alta pureza dos gases inertes em processos como TIG e MIG determinam a boa qualidade da solda.

MAG (Abreviação de Metal Active Gás):
Processo de soldagem que utiliza um gás de proteção ativo, ou seja, um gás que interage com a poça de fusão (geralmente CO2), podendo ser mistura de gases binários (Exemplos: Argônio + Co2 ou Argônio e Oxigênio) ou terciários (Exemplo: Argônio + Co2 + Oxigênio). A soldagem MAG é normalmente utilizada em materiais ferrosos, como o aço. 

MIG (Abreviação de Metal Inert Gás):
Processo de soldagem que utiliza um gás de proteção considerado inerte, ou seja, um gás normalmente monoatômico (como Argônio e Hélio) e que não tem nenhuma atividade física com a poça de fusão. A soldagem MIG é normalmente utilizada em materiais não-ferrosos, como alumínio. 

NORMAS COMUNS NA SOLDAGEM:
* (ISO) International Organization for Standardization 
* (AWS) American Welding Society 
* (BS) British Standard Society
* (DIN) Deustches Institute fur Normung
* (NF) Association Francaise de Normalisation
* (ABNT) Associação Brasileira de Normas Técnicas
* (ASME) American Society Mechanical Engineers 

POÇA DE FUSÃO: 
Local em que se forma o material a ser soldado. É basicamente uma poça de metal no estado líquido. Normalmente a poça de fusão é encontrada em dois formatos: gota ou elíptico. No processo de soldagem, a poça de fusão se solidifica continuamente sobre a superfície de uma chapa. 

RESPINGO DE SOLDA: 
Problema comum especialmente para quem trabalha no processo MAG. Os respingos, que são basicamente borrifos, não afetam a resistência da solda. Esse problema, porém, deixa o acabamento irregular, o que pode aumentar os custos com limpeza. Para evitar os respingos, uma das dicas é verificar a corrente e a tensão da máquina. Elas precisam estar condizentes com o processo. Outra maneira de amenizar os respingos é tentar diminuir a quantidade de CO2 nas misturas utilizadas.

TRANSFERÊNCIA EM SOLDAGEM: 
Termo utilizado na soldagem para descrever os processos em que o arame é derretido e depositado no material que está sendo soldado. A estabilidade e a aparência dos arcos de solda estão relacionadas com o modo de transferência empregado. Os três métodos mais comuns são: curto circuito, globular e spray.

TRANSFERÊNCIA CURTO CIRCUITO EM SOLDAGEM:
Método de soldagem em que o arame de solda toca o metal inúmeras vezes por segundo, causando assim uma sequência de "curtos circuitos". Nesse caso, ao pressionar o gatilho da tocha, o arame sai continuamente. Esse processo provoca uma aparente “explosão” e ocorre enquanto o arame é derretido e o arco é estabilizado. 

TRANSFERÊNCIA GLOBULAR EM SOLDAGEM: 
Método de soldagem que mistura as transferências por curto circuito e por spray ou fase de transição entre estas duas transferências. Nesse caso, as gotas de arame derretido são normalmente mais largas do que a espessura do arame utilizado. Muitas vezes, nesse processo ocorre também o chamado curto circuito. A transferência globular costuma ser o método mais instável, com soldagens sem excelente aparência e sujeitas a mais respingos. 

TRANSFERÊNCIA SPRAY EM SOLDAGEM:
Também chamada de transferência aerosol. Método de soldagem que promove a pulverização de pequenas gotículas de arame derretido dentro do arco. Essas gotas costumam ser menores que o diâmetro do arame utilizado. Se comparado à transferência por curto circuito, esse processo normalmente usa maior voltagem e amperagem. O método de soldagem por spray é geralmente utilizado em posições planas e horizontais, já que é limitado para posições verticais. 

ZONA TERMICAMENTE AFETADA (ZTA): 
É a região da solda que não se fundiu corretamente durante a soldagem, mas que teve sua microestrutura e propriedades alteradas durante os processos. Essa área pode se tornar um elo fraco do material. Para evitar esse problema, a EPS deve ser seguida corretamente.
 

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