Soldagem fora de posição no setor agrícola

 

O desenvolvimento tecnológico proporcionou o avanço da robotização em diversos segmentos — incluindo o agrícola. Problemas com a qualidade das soldas, principalmente no campo, geram custos elevados para as empresas e isso chamou a atenção das empresas olhando com mais detalhes a robotização de suas soldas.

Afinal, este é um setor que não parou de crescer. No cenário da pandemia da COVID-19, a venda de máquinas agrícolas, segundo a ABIMAQ, cresceu 20% em 2020 e deve crescer mais 10% em 2021. Esse foi o único setor de atividade econômica nacional a crescer fortemente em 2020.

O uso do processo de solda correto e executar soldas com qualidade gera renda, pois reduz custos de manutenção no campo ou reparos em soldas com problemas. Por exemplo, no caso das colheitadeiras o mais recomendado é utilizar o processo de solda MIG/MAG. 

Assim, saber o que é soldagem fora de posição também impacta na produção. Afinal cada escolha vem com implicações de ordem de qualidade, produtividade e custos. Logo, é essencial ter o conhecimento adequado para tomar esta decisão. 

O que é soldagem fora de posição

Primeiro, precisamos entender o que engloba essa prática. A soldagem fora de posição é a execução de soldas, em chapas ou tubos, em posições diferentes da plana ou da horizontal. Elas também são conhecidas como vertical ascendente, vertical descendente e sobre cabeça.

A vertical descendente é uma posição em que o eixo da solda é praticamente vertical. Nesses casos, o metal fundido tende a escorrer e se sobrepor. O metal fundido ou a poça de fusão pode ser controlado quando o soldador ou soldadora posiciona a tocha com o ângulo correto e que muda conforme os parâmetros e acesso na junta. O ângulo mais utilizado é de 45º em relação junta vertical. 

O manuseio da tocha, a técnica de soldagem e as características do equipamento de solda evita que o metal escorra. Isso ajuda na a boa penetração e fusão na junta.

No segmento agrícola, assim como em outros segmentos, o impacto é o mesmo quando as posições de soldagem são definidas de acordo com o projeto do equipamento. Por exemplo, a soldagem dos reforços de uma caçamba pode ser feita na posição vertical descendente, mas este reforço geralmente utiliza uma chapa de espessura menor do que 6mm o que ajuda também na penetração e fusão da solda.

Esta posição de soldagem não é muito utilizada em chapas com espessuras maiores. No caso, tal prática pode levar a descontinuidades, como falta de penetração e fusão. No caso da caçamba, a atenção é que, devido à dificuldade de colocar a caçamba em uma posição plana, a solda pode acontecer em todas as posições e até na posição sobre cabeça. Isso resulta em queda na produtividade. 

Como o soldador e a máquina influenciam nesse processo

As posições são definidas conforme a junta a ser soldada e posicionamento do componente, então o sucesso também depende do processo de solda, e das técnicas e parâmetros a serem utilizados. 

Por exemplo, na soldagem de uma linha de óleo ou gás, as soldas são executadas ao redor de um tubo. Dependendo do processo de solda escolhido, o mesmo pode ser feito na posição vertical descendente ou vertical ascendente. Em ambas as situações, existem implicações referentes à qualidade, à produtividade e aos custos. 

Logo, fica evidente que a habilidade do soldador e da máquina tem ligação direta com o resultado. O equipamento e todos seus componentes precisam ter excelente desempenho no processo de solda. Cabe ao soldador(a) com toda sua habilidade e qualificação executar a solda de maneira a garantir a estabilidade do arco e da poça de fusão, assegurando a qualidade final da solda e reduzindo ao máximo o índice de defeitos. 

A melhor maneira de garantir os resultados de uma boa soldagem fora de posição ou não é ter equipamentos de qualidade e que permitam atender os mais rigorosos critérios e especificações técnicas do projeto, normas e integridade da solda.  

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