Sumig Dicas: Quando usar solda MIG sem gás

Você sabe como soldar com a MIG sem gás? Então, vem com a gente porque, no vídeo de hoje, vamos falar sobre esse assunto.

Solda MIG sem gás: o que é e quando utilizar

A soldagem MIG é amplamente utilizada e gera dúvidas entre os soldadores acerca da utilização de gás ou não.

Tradicionalmente, a solda Metal Inert Gas (MIG) envolve o uso de gás de proteção e é utilizada na soldagem de materiais não ferrosos, alumínio, por exemplo.  Portanto, NÃO É POSSÍVEL realizar o processo de soldagem MIG sem o gás de proteção. Então, como surgiu essa história de MIG SEM GÁS? 

MIG sem gás: qual é o termo correto?

Podemos afirmar que não existem soldas MIG ou mesmo MAG sem gás. A denominação “sem gás” foi gerada por algumas empresas para induzir os soldadores ao erro, levando-os a pensar que vão executar uma solda com menor custo sem o gás, o que é impossível. Na verdade, o correto seria mencionar SOLDA COM ARAME TUBULAR SEM GÁS!

O nome correto desse processo é: arame tubular sem proteção gasosa ou, segundo as especificações, FCAW-S. O soldador percebe o engano quando compara o preço do arame para a “solda sem gás”, na faixa de até R$ 70,00 por kg, com o tradicional MIG/MAG ER70S-6, que custa em torno de R$ 16,00 por kg. Com um detalhe adicional de que este arame tubular sem gás não pode ser utilizados na mesmas aplicações do processo MIG/MAG, e as máquinas não têm um bom desempenho.

Quando utilizar a solda MIG sem gás ou, na verdade, arame tubular sem gás?

O processo de solda com arame tubular pode ser do tipo que necessita ou não de gás de proteção. O arame tubular sem gás é autoprotegido e gera uma proteção da poça de fusão, igual ao eletrodo revestido. Existem diferentes tipos de arame tubular autoprotegido, e cada um é destinado para determinadas aplicações.

O arame tubular sem gás pode ser selecionado da mesma forma como se escolhe o tipo e a classificação do consumível de solda em outros processos. Por não utilizar gás, favorece seu uso em ambientes externos, por exemplo, em obras de plataformas, estrutura metálicas, refinarias de petróleo, linha de dutos, dentre muitas outras aplicações.

Existem ainda alguns arames tubulares usados em revestimento de chapas, com a finalidade de aumentar a resistência da superfície ao desgaste por abrasão ou impacto. 

A produtividade do arame tubular autoprotegido é 6x maior do que com eletrodo revestido, o que o torna extremamente atraente para uso em médias e grandes obras. É recomendável armazenar os arames tubulares, com ou sem gás, em estufas com umidade máxima de 60%.

Como soldar com o arame tubular sem gás?

Para realizar a soldagem com arame tubular sem gás, é necessário seguir alguns passos. Primeiramente, as vezes é necessário alterar a polaridade do equipamento. A maioria dos arames tubulares sem gás, além de usar tocha apropriada, que ser conectada ao polo negativo (-), e o grampo obra no positivo (+).

Essa configuração difere da soldagem MIG/MAG convencional, na qual a tocha é conectada ao polo positivo, e o grampo obra, ao polo negativo.

É crucial que as conexões, tanto as internas do equipamento quanto a garra do cabo obra, estejam bem fixas para evitar qualquer tipo de mau contato.

Com as conexões corretas e seguras, você estará pronto para realizar a soldagem com o arame tubular sem gás. Lembre-se de ajustar os parâmetros de soldagem conforme o material e a espessura da chapa. Pratique e adquira experiência para obter os melhores resultados nesse tipo de processo.

Material 

Para a soldagem com arame tubular sem gás, você precisará de um equipamento de solda similar ao utilizado no processo MIG/MAG. O equipamento pode ter diferentes potências e funções, mas é importante que possibilite a mudança de polaridade e uso da tocha apropriada.

Vantagens

Existem muitas vantagens em realizar o processo de soldagem com arame tubular sem gás. Vejamos algumas.

Facilidade de aplicação

Permite que o trabalho seja realizado em diferentes ângulos e posições de soldagem, proporcionando mais flexibilidade operacional ao soldador.

Transporte facilitado

Ao eliminar a necessidade de transportar o cilindro de gás, o equipamento torna-se mais leve e com melhor portabilidade. Assim, o transporte do equipamento para diferentes locais de trabalho é facilitado, reduzindo o esforço e custos associados.

Utilização em tomadas monofásicas

A soldagem pode ser realizada em equipamentos com alimentação elétrica monofásica, desde que atenda à capacidade do equipamento. Com isso, é possível o processo de soldagem em locais mais acessíveis, sem a necessidade de infraestrutura elétrica especializada.

Qualidade da solda

Para obter soldas de alta qualidade, é recomendada a corrente contínua durante o processo de soldagem com arame tubular sem gás, a fim de proporcionar mais controle sobre a estabilidade do arco elétrico e a fusão adequada do material e resultar em soldas com ótima qualidade.

Lembre-se de seguir as instruções do fabricante e ajustar corretamente os parâmetros de soldagem para obter os melhores resultados possíveis ao realizar a soldagem com esse processo.

Além disso, use sempre equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados e pratique suas habilidades de soldagem para aprimoramento.

Curiosidade: como é feito o arame tubular?

Uma curiosidade: você sabe como é do que é feito o arame tubular? O arame é uma fita de dimensões apropriadas que, por meio de matrizes, forma um tubo no qual são colocados componentes diversos, conhecidos como fluxo.

Esses componentes são compactados, no interior do arame, pela trefila. Podemos dizer que o arame tubular, com ou sem gás, é um eletrodo revestido virado ao contrário.

Existem diferentes tipos de fechamento dos arames tubulares, que se destinam a diferentes aplicações.

 

Ou seja, o seu revestimento ocorre no interior do arame, e os componentes, quando fundidos pelo arco elétrico durante a soldagem, ajudam nas características operacionais e desempenho do arame.

O fluxo afeta as propriedades mecânicas, a composição química, formação de escória e o desempenho do arame em relação à posição de soldagem e ao tipo e à polaridade da corrente que será utilizado.

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