Descubra como escolher o eletrodo de tungstênio ideal para soldagem TIG, considerando tipo, corrente, polaridade e aplicação específica.
No processo de soldagem TIG (GTAW – Gas Tungsten Arc Welding), o eletrodo de Tungstênio é o responsável por iniciar e sustentar o arco elétrico que gera o calor necessário para fundir o material base.
Embora não seja consumido como os eletrodos revestidos ou os arames MIG, o eletrodo de Tungstênio se desgasta devido à vaporização e ao intenso calor a que está submetido durante a soldagem.
Por isso, a escolha do eletrodo mais adequado para cada aplicação vai muito além de uma decisão baseada em disponibilidade ou preço. Envolve considerar variáveis como:
Uma seleção incorreta pode comprometer seriamente a abertura do arco, a estabilidade da solda, a durabilidade do eletrodo e a qualidade final da junta soldada.
A primeira distinção a ser feita é quanto ao tipo de corrente elétrica e sua polaridade:
Outro aspecto crítico é o diâmetro do eletrodo, que deve ser compatível com a faixa de corrente de operação. Não se deve utilizar um eletrodo superdimensionado para correntes muito baixas.
Por exemplo: utilizar um eletrodo de 3,2 mm em correntes abaixo de 60 A frequentemente resulta em instabilidade do arco e falha na abertura, pois a densidade de corrente não é suficiente para formar um arco estável.
É necessário também considerar os aditivos presentes na liga do eletrodo, pois cada composição oferece características específicas:
Ainda no plano prático, a geometria da ponta do eletrodo também influencia diretamente na qualidade do arco:
No uso de equipamentos com fontes inversoras, os eletrodos dopados (lantânio, cério, híbridos) oferecem vantagens importantes em termos de abertura do arco, durabilidade e resistência à contaminação. A performance varia também conforme a qualidade da liga e do processo de fabricação do eletrodo.
Eletrodos de baixa qualidade tendem a se deformar ou apresentar fraturas durante a soldagem, comprometendo não apenas o resultado, mas também a segurança do operador.
Por fim, o manuseio correto do eletrodo também é essencial. Contaminação por óleo, graxa ou partículas metálicas na extremidade do eletrodo podem causar instabilidade de arco e transferência de impurezas para a poça de fusão, degradando a integridade metalúrgica da solda.
A compatibilidade entre o tipo de eletrodo, a corrente, a polaridade, o tipo de material e o equipamento influencia diretamente a abertura do arco, a estabilidade da poça, a durabilidade do eletrodo e, acima de tudo, a qualidade da solda.
Recomenda-se que o soldador sempre avalie tecnicamente os parâmetros da aplicação antes de selecionar o eletrodo. Além disso, deve-se priorizar a aquisição de eletrodos de fornecedores confiáveis e com padrão de qualidade garantido, mesmo que isso represente um custo inicial mais alto.
A relação custo-benefício se justifica pelo ganho em estabilidade de processo, menor retrabalho e maior produtividade.
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