Sumig Dicas: O que é ZTA na solda?

Nesta dica, vamos abordar novamente um assunto a pedido de nossos seguidores: o que é zona termicamente afetada? Assim, também podemos reduzir dúvidas relacionadas a quando se faz uma soldagem com os processos a arco elétrico ou aqueles processos que causam fusão entre os materiais soldados.

Para começarmos, podemos afirmar que todos os processos de solda, que envolvem fusão de materiais, com ou sem deposição de material de adição, geram a zona termicamente afetada. Entre eles, mig/mag, eletrodo revestido, arco submerso, tig, arame tubular, solda por resistência, solda por fricção, entre outros. Mas afinal, o que é a zona termicamente afetada, também conhecida como ZTA?

Neste caso, vamos soldar uma chapa de inox, para melhor mostrar o efeito do calor. Podemos ver, que após a soldagem, ocorrem mudanças de coloração na região próxima à solda e, no caso de uma chapa fina, também na parte traseira da chapa. Estas áreas com diferente coloração, podemos chamar de zona termicamente afetada, ou seja, correram mudanças metalúrgicas na região afetada, devido o calor da solda. Portanto, podemos afirmar que a zona termicamente afetada é uma região próxima à solda, que não foi fundida, mas somente alterada pelo calor da solda. Podemos afirmar também que estas mudanças alteram as propriedades do metal soldado, mas não necessariamente que compromete a qualidade da solda. Porém, em alguns materiais é muito importante ter a ZTA controlada, por meio do uso de um aporte térmico apropriado. Ou seja, quanto maior o calor ou o aporte térmico gerado pelo processo de solda, maior será a ZTA.

Perceba que por ser uma chapa mais grossa, estas mudanças serão menores, devido o calor da solda se dissipar mais rapidamente, pois usamos o mesmo calor usado na chapa mais fina. Assim, temos uma ZTA menor, mas ela ainda existe e vai existir sempre, em todos os metais soldados por fusão. Podemos afirmar que estas mudanças alteram as propriedades do metal soldado, mas não podemos afirmar que compromete a qualidade da solda. Em alguns materiais é muito importante ter a ZTA controlada, por meio do uso de um aporte térmico apropriado, ou seja, quanto maior o calor ou o aporte térmico gerado pelo processo de solda, maior será a ZTA e vice-versa. Na parte traseira da chapa, podemos ver algumas marcas e geração de umas cascas, conhecidas como carepas, causadas pela oxidação da área aquecida com a atmosfera. Neste caso, também fica bastante evidente a marca na chapa, que pode dar um visual ruim do produto final, após a soldagem, exigindo um acabamento para remover esta região.

Vocês perceberam com estes dois exemplos que o visual da ZTA, que aparece após a soldagem, pode ser diferente para cada material soldado. Seus efeitos, bom ou ruim, irão depender do calor gerado pelo processo de solda. É muito importante também mencionar que, não é culpa do soldador ou da soldadora, mas sim, uma reação ou ocorrência normal dos metais soldados por processos que têm fusão, causado pelo calor entre eles. Há também outras causas que podem influenciar na geração de maior ou menor ZTA, mas a quantidade de calor é a principal responsável por esta ocorrência. Dependendo dos requisitos e propriedades do metal que está sendo soldado, você deve sempre verificar a importância de ser necessário ou não ter um maior controle do aporte térmico ou do calor aplicado na solda.

Para finalizar a nossa dica, vamos lembrar dois pontos:

  1. Dependendo do processo e tipo de junta que está sendo soldada, um maior aporte térmico ou calor gerado pelo processo de solda vai causar maior distorção ou deformação do produto que está sendo soldado.
  2. A ZTA também ocorre nas operações de corte à chama ou oxicorte ou elétrico, no caso do plasma. Nos cortes realizados com laser a ZTA possui menor ocorrência.

Agora que já desvendamos o que é a zona termicamente afetada, também conhecida como ZTA, você pode verificar essas dicas no seu dia a dia.

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