Hoje falaremos de uma questão muito importante, que serve de alerta para as empresas. De um lado temos os excepcionais profissionais Soldadores e Soldadoras, que nos impressionam com suas extremas habilidades nas mais diversas operações de soldagem, em variados segmentos que utilizam a solda.
Hoje falaremos de uma questão muito importante, que serve de alerta para as empresas. De um lado temos os excepcionais profissionais Soldadores e Soldadoras, que nos impressionam com suas extremas habilidades nas mais diversas operações de soldagem, em variados segmentos que utilizam a solda. Do outro lado, muitas empresas e gestores que ainda não enxergam o quanto é subutilizada toda a habilidade destes profissionais. Isto acontece pelo fato dos soldadores não terem a sua disposição as melhores ferramentas para executar o trabalho. Ferramentas que trarão uma melhor eficiência ao trabalho e qualidade ao produto final.
Você sabe a diferença entre Eficiência, Fator de Operação e Tempo de Solda? São denominações diferentes para a mesma coisa. O problema é que muitas empresas nem medem este índice, que é um dos mais importantes a ser considerado quando se fala em produtividade nas operações de soldagem.
Muitas operações de soldagem são executadas pelos soldadores considerando somente sua habilidade, e assim ficando em suas costas toda responsabilidade pela Qualidade e Produtividade das soldas executadas. Este profissional tem muitas outras tarefas em seu dia-a-dia que as vezes não são enxergadas. Alguns exemplos são: montar conjuntos, esmerilhar, martelar, pontear, movimentar peças, trocar o cilindro de gás, trocar o carretel de arame, consertar a tocha, brigar pela estabilidade da solda quando o equipamento utilizado não é adequado, entre outras tarefas.
Toda vez que o soldador não está soldando, com a necessária segurança, conforto, estabilidade do arco e ergonomia, não está sendo agregado valor ao produto fabricado. Muitas vezes o soldador é cobrado pelo resultado de baixa produtividade ou baixa Eficiência na Soldagem.
Por isso, separamos 8 dicas, divididas em duas partes, que tem como objetivo incentivar e sugerir às empresas a missão de eliminar estas tarefas sem valor, permitindo que o profissional soldador execute suas habilidades onde é especializado, soldando! Vamos às Dicas!
Principalmente em soldas repetitivas, posições ruins e que exijam manuseio de peças pesadas. Desenvolva em conjunto com o próprio soldador, dispositivos apropriados que permitam eliminar as operações de risco e as desnecessárias para posicionar o produto. Pense em maneiras de mecanizar ou automatizar as soldas, dando ao soldador mais conforto e controle da operação de soldagem.
Equipamentos inadequados, velhos, com reparos constantes, sem peças de reposição, criam muitos problemas operacionais e geram enormes custos escondidos. E certamente causam a parada da operação por horas ou dias. Cabos mal dimensionados, tochas de baixa qualidade e sem ergonomia, grampo obra “quebra galho”, regulador do gás defeituoso, vazamentos de gás, geram muitos problemas de solda, como por exemplo respingos, falta de fusão e arco instável. Estes problemas, por sua vez, exigirão operação de remoção de respingos, reparo de solda, goivagem, danos em bico de contato e bocal, entre outros. Substitua os equipamentos por novas tecnologias, novas soluções e por produtos de reputação! Não deixe o soldador “brigando” com a solda, tentando manter a estabilidade do arco. No final é a produtividade que cai e o custo da operação aumenta.
Forneça aos soldadores instruções adequadas dos parâmetros, técnicas de soldagem e orientações sobre o processo utilizado para cada aplicação, tipos de materiais e requisitos do produto que será fabricado. Mesmo os melhores soldadores perdem muito tempo tentando definir um procedimento de soldagem para uma determinada espessura de chapa e posição de soldagem, quando são alterados. Um documento EPS, por exemplo, permite que o soldador ajuste os parâmetros do equipamento apropriadamente, sem ficar na tentativa e erro. O soldador pode fazer parte das definições dos parâmetros, mas não deve, sozinho, ser o único a definir. Ele pode fornecer excelentes dados operacionais!
É fundamental que eles conheçam o máximo sobre os processos de solda utilizados. Devem conhecer suas características, vantagens e limitações de cada processo. Os soldadores que realizam soldas manuais, mecanizadas e robotizadas devem entender o que afeta a mudança de cada variável e as consequências de não serem observadas. Devem saber o que causa as mudanças da corrente, tensão, stickout, velocidade de soldagem, afiação do tungstênio, ângulo e sentido de soldagem. Assim poderão ser ainda mais efetivos na execução das soldas, na correção de problemas e trabalhar junto da Engenharia, Produção e Controle de Qualidade da empresa para garantir os resultados objetivados. O Soldador é parte da solução!
Existe sempre uma razão pelo fato das empresas optarem por pagar mais por produtos de maior qualidade e ótimo desempenho. Várias aplicações não toleram qualquer variação dos consumíveis utilizados, como uma mudança na composição química ou no diâmetro do arame, que possa causar alterações nos parâmetros de soldagem aprovados. Isso porque um determinado arame ou eletrodo pode ser apropriado para soldar manualmente um determinado produto, mas pode não ser adequado para ser usado em alta velocidade de soldagem em um robô, por exemplo. Se a sua operação, manual ou robotizada, está tendo problemas com o arame, prendendo ou enroscando na guia espiral constantemente e causando muita queima no Bico de Contato, considere substituir o consumível por outra marca. Este critério também é válido para problemas causados por tocha e seus consumíveis. Lembre que o custo gerado pelas paradas é elevadíssimo! Forneça ao soldador produtos de qualidade e que garantam a operação. Não arrisque toda a operação apenas avaliando preço.
Quando a montagem de um produto não fica correta ou tem gaps, conhecidas também por aberturas, não assuma que o soldador irá corrigir o problema. Eles podem simplesmente adicionar mais arame, alterar trajeto da tocha, oscilar o arco, e tudo fica resolvido por sua habilidade. Isso é parcialmente verdadeiro, uma vez que os soldadores fazem mágica com a tocha nas mãos, mas a causa do problema, que é a montagem inadequada, irá gerar significativo aumento nos custos da operação, devido à redução da eficiência. Contudo, este fato, pode gerar outros problemas em relação à integridade do produto e custar caro para a empresa, caso ocorra um problema no campo ou um recall dos produtos soldados.
Sua empresa usa o Processo Eletrodo Revestido ou Arame Tubular, que gera escória e que precisa ser removida? Esse processo realmente é necessário? Muitas empresas usam um determinado processo de solda porque estão acostumadas com ele ou não conhecem outros. Em alguns casos tem algumas soldas fora de posição para executar e não querem utilizar outros diâmetros de arame e tipos de transferência metálica, pelo fato da maior parte de suas soldas serem feitas na posição plana. Avalie alternativas para soldar fora de posição com outro consumível e uso de arame sólido, que não gere escória e possa oferecer maior produtividade e eficiência.
Esta opção pode permitir que sua empresa use o mesmo consumível e solde sempre na posição plana. Outra opção é utilizar um processo alternativo que não gera escória, e por esta razão o consumível possibilita maior depósito e maior eficiência na operação de soldagem. O investimento inicial pode ser alto, mas o retorno será rápido e garantido. Principalmente por poder manter o soldador soldando com maior qualidade e conforto, produzindo produtos com maior eficiência e por consequência tornando a empresa mais competitiva. Certamente há muitos outros meios para se aumentar a eficiência nas operações de soldagem, mas estas oito dicas irão mantê-lo bastante ocupado por um bom tempo. Com certeza obterá excelentes resultados e os soldadores agradecerão por proporcionar mais segurança e conforto nas operações de soldagem executadas por eles.
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