Processo Eletrodo Revestido: como funciona e quais as vantagens

Na vasta gama de processos de soldagem, o Eletrodo Revestido destaca-se como um Processo  amplamente utilizado, oferecendo versatilidade e eficácia em diversas aplicações.

Se você busca compreender mais sobre esse processo e características operacionais, está no lugar certo. Neste artigo da Sumig, vamos explicar o que é a soldagem com eletrodo revestido, seu funcionamento, as situações ideais para sua aplicação, bem como suas vantagens e limitações.

Continue a leitura para aprofundar seus conhecimentos nesse processo muito utilizado na indústria metalmecânica.

O que é soldagem com Eletrodo Revestido?

A soldagem com eletrodo revestido é um processo no qual a união ou reparo de metais é realizada através de um arco elétrico gerado entre o eletrodo revestido e a peça de trabalho. O eletrodo é composto por um fio metálico central e um revestimento composto de diversos materiais que, ao queimarem, gera uma camada protetora e uma escória que auxiliam na proteção da poça de fusão gerada pelo arco elétrico.

Amplamente empregado, o processo de solda com eletrodo revestido é, frequentemente, a escolha inicial para aqueles que estão dando os primeiros passos no intrigante universo da soldagem.

Isso se deve, em grande parte, ao fato de que o investimento inicial em equipamento é relativamente baixo, embora possa incorrer em desafios imediatos caso a máquina inadequada seja adquirida, marcando o primeiro de cinco equívocos comuns nesse processo.

A máquina ideal para essa aplicação é aquela baseada na tecnologia inversora, conhecida por sua leveza, facilidade de transporte e eficiência energética superior em comparação com as máquinas do tipo transformador ou retificador.

Ao adquirir, é crucial selecionar uma máquina compatível com a rede elétrica correta, seja 110, 220, 380 ou 440 volts, monofásica ou trifásica, dependendo do uso industrial. Garantir uma compra segura envolve escolher produtos de empresas estabelecidas no Brasil, com suporte técnico, manuais em português, conformidade com as normas IEC e reconhecimento da marca no mercado brasileiro.

Como a soldagem com eletrodo revestido funciona?

O funcionamento desse processo é fascinante em sua simplicidade. Quando o eletrodo entra em contato com a peça a ser soldada, uma corrente elétrica é estabelecida, e é gerado o arco elétrico.

O calor gerado pelo arco elétrico funde tanto o eletrodo quanto seu revestimento e o metal sendo soldado, criando uma poça de fusão única de metal fundido. O revestimento do eletrodo, ao queimar, além de gerar uma camada de escória sobre o cordão de solda, cria uma camada espessa que protege a poça de fusão dos gases da atmosfera, garantindo uma solda com maior integridade. O revestimento possibilita que o eletrodo seja usado em diversas posições de soldagem, polaridade e em diferentes tipos de metal de base, como aço carbono, aço inoxidável, etc.

Em determinadas situações, a utilização do eletrodo revestido é imperativa, sendo o processo preferencial em algumas aplicações. Essa preferência pode ser atribuída à sua versatilidade e adaptabilidade a uma variedade de condições operacionais. A norma ISO 3834, que estabelece padrões para o Sistema de Gestão da Qualidade em Soldagem, desempenha um papel importante também no uso deste processo.

 Confira abaixo nosso vídeo sobre os 5 erros mais comuns na soldagem com eletrodo revestido:

Quando se deve utilizar a soldagem com eletrodo revestido?

A soldagem com eletrodo revestido é extremamente versátil e pode ser aplicada em uma variedade de aplicações, tipos de metal de base, posições de soldagem e de propriedades metalúrgicas. É particularmente útil em locais de difícil acesso, devido à portabilidade do equipamento, e não requer gás adicional para proteção do arco. Além disso, é amplamente empregado na construção civil, reparos e em aplicações que demandam mobilidade e agilidade.

Vantagens

Versatilidade operacional: a soldagem com eletrodo revestido é adaptável a diversas posições, incluindo vertical, horizontal e sobre cabeça;

Portabilidade e mobilidade: o equipamento é fácil de transportar, sendo ideal para trabalhos em locais remotos ou de difícil acesso;

Não requer gases adicionais: ao contrário de outros processos que dependem de gases de proteção, o eletrodo revestido não necessita de um ambiente gasoso controlado;

Custo acessível: equipamentos e consumíveis para a soldagem com eletrodo revestido são geralmente mais acessíveis e apresentam um custo inicial economicamente atrativo;

Possibilidade de soldagem ao ar livre: uma das vantagens notáveis da soldagem com eletrodo revestido é a sua capacidade de poder ser realizada ao ar livre, o que o torna especialmente útil em diversos cenários, ambientes e condições de trabalho.

Limitações 

Baixa taxa de deposição (kg/h): comparada a outros processos, a soldagem com eletrodo revestido gera axa de deposição de metal menor;

Necessidade de limpeza após soldagem: a presença de escória exige uma limpeza cuidadosa após o processo de soldagem ou em cada passe sendo executado;

Geração de fumos metálicos e Respingos: o processo gera uma grande quantidade de fumos e gases durante a soldagem, o que requer o uso de EPIs apropriados. Gera também uma grande quantidade de respingos, os quais devem ser removidos após a operação. A soldagem com eletrodo revestido é um processo versátil e gera soldas de excelente qualidade quando corretamente utilizada. Suas vantagens conforme apontadas neste artigo podem superar suas limitações e ser uma ótima opção entre outros processos de solda. Se você está considerando implementar ou aprimorar suas habilidades neste processo, compreender suas características e aplicações, este artigo é o primeiro passo para ter sucesso.

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