Sumig Dicas: Como reduzir ou eliminar respingos na soldagem | parte 1

Você sabe como reduzir os respingos na soldagem? Então vem comigo porque vamos conferir a isso agora!

Já falamos sobre redução de respingos em uma dica anterior, mais especificamente no processo MAG.Como surgiram algumas dúvidas sobre o assunto, explicaremos tudo de uma forma mais completa.

Os respingos nas operações de soldagem a arco elétrico são relativamente comuns, mas são indesejáveis porque geram custos para remover. Além de causarem desperdício de material. Muitas empresas acabam convivendo com eles por não encontrarem uma solução, ainda que parcial. 

Respingos podem ser um problema visual, cosmético ou técnico. Por exemplo: quando não podem entrar em um recipiente como um tanque de combustível, ou em uma rosca de algum produto, ou ainda quando não podem aderir em uma superfície que não pode ser danificada.

Reavaliar o procedimento de soldagem, técnicas de soldagem, métodos de fabricação, qualidade da junta e realizar a manutenção do equipamento de solda usualmente reduz ou elimina a geração de respingos. O uso de líquido anti-respingos reduz a aderência na peça, mas não elimina a causa, tampouco elimina os problemas considerados de “ordem técnica” causados pelos respingos.

Algumas empresas realizam uma operação de jateamento por granalha de aço após as operações de soldagem. Isto acontece devido à complexidade da peça ou mesmo para que os respingos e escórias sobre o cordão/laterais da solda, não comprometam a qualidade da pintura. Pintar sobre escórias, mesmo aquelas formadas no processo MIG/MAG, certamente fazem com que a tinta perca a aderência à medida que estas escórias se auto-destacarem.

Existem aplicações onde o local da solda será no interior de um recipiente ou caçamba, ou que será coberta por algum acabamento que esconderá os respingos. Mas isso é “esconder um problema muito mais sério”, pois os respingos podem estar indicando que “a sua solda está comprometida”. Elas podem estar com falta de penetração ou de fusão e em algum momento podem apresentar uma trinca ou quebra de componente, gerando problemas graves. Desta forma, custos com respingos ou com operação de remoção podem ser até insignificantes comparados a estes problemas que podem ocorrer.

Quais processos de solda podem gerar respingos e quais as principais razões para isso ocorrer?

  • Primeiro Processo –  eletrodo revestido:Pelas características do processo, é raro ter um tipo ou classificação de eletrodo que não gere escória e respingos. Um tipo que apresenta bem pouco respingo é o modelo com classificação E-7024. Tem um arco bastante estável e escória auto destacável, mas tem pouca utilização nos dias de hoje, sendo normalmente substituído por outros processos;
  • Segundo Processo – MIG: Pode gerar respingos e alguns bem minúsculos, que ficam ao longo da lateral da solda, particularmente ao soldar alumínio. Neste caso a melhor solução é rever todo o processo em relação ao equipamento, arame, superfície da junta, procedimento e técnica de soldagem;
  • Terceiro Processo – MAG: Pode gerar respingos por muitas razões, sendo as causas principais aquelas relacionadas com: Equipamento, Tocha, Tipo de Gás, Técnica de Soldagem, Posição de Soldagem, Superfície da Junta, Tipo de Transferência Metálica, Procedimento de Soldagem, entre outros;
  • Quarto Processo – arame tubular com gás tipo Alma Metálica: Seriam as mesmas razões apontadas no Processo MAG, mas devido a este tipo de arame geralmente operar em Transferência Spray ou Pulsada, a ocorrência de respingos pode ser mínima ou inexistente;
  • Quinto Processo –  arame tubular com gás tipos E71T-1 e E308LT: Existem muitas opções deste tipo de produto no mercado, sendo os mais utilizados na soldagem de aço carbono e aço inoxidável. As razões podem ser algumas das que apontamos no Processo MAG, mas muitas vezes é também relacionada com a péssima qualidade do produto e falta de orientação ao Soldador no uso do Processo;
  • Sexto Processo – arame tubular sem gás tipo E71T-8, entre outros: - Sempre apresentam respingos, além de grande volume de escória. Em algumas aplicações, como soldagem de tubulação, a solda é sempre escovada, removendo-se tanto a escória como eventuais respingos. Utilizando corretamente estes tipos de arames, não há muito o que se fazer com os respingos gerados, mas é sempre importante considerar uma análise completa do processo;
  • Sétimo Processo – arco submerso: Não gera respingos, apesar de ter uma escória espessa, que normalmente é de fácil remoção;
  • Oitavo processo –  TIG: Não gera respingos, salvo em casos onde a superfície da junta esteja muito contaminada e a técnica de soldagem e habilidade do soldador não sejam apropriadas.

Encerramos aqui a primeira parte desta dica. Acesse a segunda parte, aqui, e confira 15 Dicas de como reduzir ou eliminar respingos.

 

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